sábado, 7 de agosto de 2021

SÃO SISTO II, PAPA, E SEUS COMPANHEIROS, MÁRTIRES

 Foi ordenado bispo de Roma no ano 257. No ano seguinte, quando celebrava a sagrada liturgia na catacumba de Calisto, foi preso pelos soldados, em virtude do edito do imperador Valeriano, e imediatamente executado, juntamente com quatro dos seus diáconos, no dia 6 de agosto. Recebeu sepultura no mesmo cemitério.

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Segunda leitura

Das Cartas de São Cipriano, bispo e mártir

 (Epist. 80: CSEL 3,839-840)
(Séc. III)

Sabemos que os soldados de Cristo
não são destruídos mas coroados
O motivo de não vos ter escrito imediatamente, irmão caríssimo, é que todos os clérigos, na iminência do martírio, não podiam absolutamente sair daqui, preparados todos no fervor de seus corações, para a glória divina e celeste. É bom saberdes que chegaram aqueles que eu tinha enviado a Roma, a fim de se informarem ao certo sobre qualquer sentença a nosso respeito e trazer-nos a notícia. Pois circulavam muitos diferentes e incertos boatos.

Na realidade o que sucede é que Valeriano respondeu ao senado que os bispos, presbíteros e diáconos fossem logo punidos de morte; os senadores, os homens ilustres e os cavaleiros romanos, depostos de sua dignidade, despojados dos bens e se, confiscadas as suas posses, ainda perseverassem em ser cristãos, fossem mortos; as matronas, relegadas ao exílio, confiscados os seus bens; os da casa de César, que já antes houvessem testemunhado ou testemunhassem agora, sofressem confisco dos bens, prisão e exílio para propriedades de César.

O imperador Valeriano também lhes submeteu um exemplar do edito que enviou aos governantes das províncias contra nós: estamos todos os dias esperando a chegada deste edito, firmes com a solidez da fé para suportar o martírio, aguardando do auxílio e da indulgência do Senhor a coroa da vida eterna. Quanto a Sisto, ele foi morto no cemitério no oitavo dia dos idos de agosto, junto com quatro diáconos. Também os prefeitos na Urbe persistem diariamente nesta perseguição, condenando à morte todos os que lhes são entregues, e lhes confiscam os bens.

Estas coisas, peço, cheguem por vós ao conhecimento dos outros nossos irmãos, para que em toda parte possa a fraternidade fortalecer-se com esses estímulos e preparar-se para o combate espiritual. Que cada um não pense tanto na morte, mas na imortalidade. Os cheios de fé e entregues com todas as forças ao Senhor, estes mais se alegrem do que temam este testemunho, onde sabem que os soldados de Cristo não são mortos e, sim, coroados.

Desejo, irmão muito caro, que passes sempre bem no Senhor.

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