Desde o início, Deus a todos justificou pela fé
sábado, 18 de janeiro de 2020
Sábado da 1ª semana do Tempo Comum
Desde o início, Deus a todos justificou pela fé
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
SANTO ANTÃO, ABADE
Memória
Este insigne
pai do monaquismo nasceu no Egito por volta do ano 250. Depois da morte
dos pais, distribuiu seus
bens aos pobres e retirou-se para o deserto, onde começou a levar vida
de penitente. Teve numerosos
discípulos e trabalhou em defesa da Igreja, estimulando os confessores
da fé durante a perseguição de
Diocleciano e apoiando Santo Atanásio na luta contra os arianos. Morreu
em 356.
__________
Segunda leitura
Da Vida de
Santo Antão, escrita por Santo Atanásio, bispo
(Cap.2-4:
PG 26,842-846)
(Séc.IV)
A
vocação de Santo Antão
Depois da morte
de seus pais, tendo ficado sozinho com uma única irmã ainda pequena,
Antão, que
tinha uns dezoito ou vinte anos, tomou conta da casa e da irmã.
Mal haviam
passado seis meses desde o falecimento dos pais, indo um dia à igreja,
como de
costume, refletia consigo mesmo sobre o motivo que levara os apóstolos
a abandonarem
tudo para seguir o Salvador; e por qual razão aqueles homens de que se
fala nos Atos
dos Apóstolos vendiam suas propriedades e depositavam o preço aos pés
dos apóstolos
para ser distribuído entre os pobres. Ia também pensando na grande e
maravilhosa
esperança que lhes estava reservada nos céus. Meditando nestas coisas,
entrou na
igreja no exato momento em que se lia o evangelho, e ouviu o que o
Senhor disse ao jovem
rico: Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o
dinheiro aos pobres.
Depois vem e segue-me, e terás um tesouro no céu (Mt 19,21).
Antão
considerou que a lembrança dos santos exemplos lhe tinha vindo de Deus,
e que aquelas
palavras eram dirigidas pessoalmente para ele. Logo que voltou da
igreja, repartiu com os
habitantes da aldeia as propriedades que herdara da família (possuía
trezentos
campos lavrados, férteis e muito aprazíveis) para que não fossem motivo
de preocupação,
nem para si próprio nem para a irmã. Vendeu também todos os móveis e
distribuiu com
os pobres a grande quantia que obtivera, reservando apenas uma pequena
parte por causa
da irmã.
Entrando outra
vez na igreja, ouviu o Senhor dizer no evangelho: Não vos
preocupeis com o dia de
amanhã (Mt 6,34). Não
podendo mais resistir, até aquele pouco que restara, deu-o
aos pobres. Confiou a irmã a uma comunidade de virgens consagradas que
conhecia e
considerava fiéis, para que fosse educada no Mosteiro. Quanto a ele, a
partir de
então, entregou-se a uma vida de ascese e rigorosa mortificação, nas
imediações de
sua casa.
Trabalhava com
as próprias mãos, pois ouvira a palavra da Escritura: Quem não
quer trabalhar,
também não deve comer (1Ts 3,10).
Com uma parte do que ganhava comprava o pão
que comia; o resto dava aos pobres.
Rezava
continuamente, pois aprendera que é preciso rezar a sós sem cessar
(1Ts 5,17). Era tão atento
à leitura que nada lhe escapava do que tinha lido na Escritura; retinha
tudo de tal
forma que sua memória acabou por se substituir aos livros.
Todos os
habitantes da aldeia e os homens honrados que tratavam com ele, vendo
um homem assim,
chamavam-no amigo de Deus; uns o amavam como a filho, outros como a
irmão.
Sexta-feira da 1ª semana do Tempo Comum
Todas as coisas compõem pelo Verbo
uma divina harmonia
quinta-feira, 16 de janeiro de 2020
Quinta-feira da 1ª semana do Tempo Comum
O Verbo do Pai tudo orna, dispõe e contém
quarta-feira, 15 de janeiro de 2020
Quarta-feira da 1ª semana do Tempo Comum
A manifestação do Filho é o conhecimento do Pai
terça-feira, 14 de janeiro de 2020
Terça-feira da 1ª semana do Tempo Comum
(Séc. IV)
Possuímos inata capacidade de amar
segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
SANTO HILÁRIO, BISPO E DOUTOR DA IGREJA
(Lib.
1,37-38:
PL
10,48-49)
Servir-te-ei na
pregação
Apesar de ser esta a única manifestação da minha vontade, é preciso suplicar o auxílio de vossa misericórdia. Desfraldando as velas da nossa fé e do nosso testemunho, vinde enchê-las com o sopro do vosso Espírito, e orientai-nos pelo caminho da pregação que iniciamos. Pois não nos faltará aquele que prometeu: Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! (Mt 7,7).
Nós somos pobres, e por isso pedimos o que nos falta; perscrutamos com esforço obstinado as palavras de vossos profetas e apóstolos, e batemos com insistência para que se abram para nós as portas do conhecimento da verdade. Mas é somente de vós que depende dar o que se pede, estar presente, quando se procura, e abrir para quem bate.
Quando se trata de compreender as verdades que se referem a vós, vemo-nos impedidos por um certo entorpecimento preguiçoso da nossa natureza e nos sentimos limitados pela nossa inevitável ignorância e fraqueza. Mas o estudo da vossa doutrina nos dispõe para compreender as realidades divinas e a obediência da fé nos conduz a superar o nosso conhecimento natural.
Esperamos, portanto, que façais progredir o nosso tímido esforço inicial, que consolideis seu desenvolvimento crescente e o leveis à união com o espírito dos profetas e dos apóstolos. Assim compreenderemos o sentido exato de suas palavras e interpretaremos o seu verdadeiro significado.
Então proclamaremos o que eles pregaram no mistério: que vós sois o Deus eterno, o Pai do Unigênito eterno de Deus; que somente vós sois sem nascimento; e que há um só Senhor Jesus Cristo que procede de vós por nascimento eterno; não afirmamos que ele seja outro deus além de vós, mas proclamamos que foi gerado de vós que sois o único Deus; e professamos que ele é Deus verdadeiro, nascido de vós que sois verdadeiro Deus e Pai.
Dai-nos, pois, o significado autêntico das palavras, dai-nos a luz da inteligência, a perfeição da linguagem, a verdadeira fé. Tornai-nos capazes de exprimir nossa fé, ou seja, que vós sois o único Deus Pai e que há um único Senhor Jesus Cristo, segundo o que nos transmitiram os profetas e os apóstolos. E contra os hereges que negam tais afirmações, fazei que saibamos afirmar que vós sois Deus com o Filho e que proclamamos sem erro a sua divindade.
Segunda-feira da 1ª semana do Tempo Comum
domingo, 12 de janeiro de 2020
Batismo do Senhor
Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo
(Oratio in sancta Lumina,
14-16. 20:PG 36, 350-351. 354. 358-359)
(Séc. IV)
O batismo de
Cristo
Cristo é iluminado no batismo, recebemos com ele a luz;
Cristo é batizado, desçamos com ele às águas para com ele subirmos. João batiza
e Jesus se aproxima; talvez para santificar igualmente aquele que o batiza e,
sem dúvida, para sepultar nas águas o velho Adão. Antes de nós, e por nossa
causa, ele que é Espírito e carne santificou as águas do Jordão, para assim nos
iniciar nos sacramentos mediante o Espírito e a água.
João reluta, Jesus insiste. Eu é que devo ser batizado por ti (cf. Mt 3,14), diz a lâmpada ao
Sol, a voz à Palavra, o amigo ao Esposo, diz o maior entre todos os nascidos de
mulher ao Primogênito de toda criatura, aquele que estremecera de alegria no
seio materno ao que fora adorado no seio de sua Mãe, o que era e seria
precursor ao que já tinha vindo e de novo há de vir. Eu é que devo ser batizado por ti. Podia ainda acrescentar: e por
causa de ti. Pois sabia que ia receber o batismo de sangue ou que, como Pedro,
não lhe seriam apenas lavados os pés.
Jesus sai das águas, elevando consigo o mundo que estava
submerso, e vê abrirem-se os céus de par em par, que Adão tinha fechado para si
e sua posteridade, assim como o paraíso lhe fora fechado por uma espada de
fogo. O Espírito, acorrendo àquele que lhe é igual, dá testemunho da sua
divindade. Vem do céu uma voz, pois também vinha do céu aquele de quem se dava
testemunho. E ao mostrar-se na forma corporal de uma pomba, o Espírito
glorifica o corpo de Cristo, já que este, por sua união com a divindade, é
o corpo de Deus. De modo semelhante, muitos séculos antes, uma pomba anunciara
o fim do dilúvio.
Veneremos hoje o batismo de Cristo e celebremos dignamente
esta festa. Permanecei inteiramente puros e purificai-vos sempre mais. Nada
agrada tanto a Deus quanto o arrependimento e a salvação do homem, para quem se
destinam todas as suas palavras e mistérios. Sede como luzes no mundo, isto é,
como uma força vivificante para os outros homens. Permanecendo como luzes
perfeitas diante da grande luz, sereis inundados pelo esplendor dessa luz que
brilha no céu e iluminados com maior pureza e fulgor pela Trindade. Dela
acabastes de receber, embora não em plenitude, o único raio que procede da única
Divindade, em Jesus Cristo, nosso Senhor, a quem pertencem a glória e o poder
pelos séculos dos séculos. Amém.
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