Segunda leitura
sábado, 25 de janeiro de 2020
CONVERSÃO DE SÃO PAULO, APÓSTOLO
Sábado da 2ª semana do Tempo Comum
(Séc. II)
A oblação pura da Igreja
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
SÃO FRANCISCO DE SALES, BISPO E DOUTOR DA IGREJA
Na criação, Deus Criador mandou às
plantas que cada uma produzisse fruto conforme sua espécie. Do mesmo
modo, ele ordenou aos cristãos, plantas vivas de sua Igreja, que
produzissem frutos de devoção, cada qual de acordo com sua categoria,
estado e vocação.
A devoção deve ser praticada de modos diferentes pelo nobre e pelo operário, pelo servo e pelo príncipe, pela viúva, pela solteira ou pela casada. E isto ainda não basta. A prática da devoção deve adaptar-se às forças, aos trabalhos e aos deveres particulares de cada um.
Dize-me, por favor, Filotéia, se seria conveniente que os bispos quisessem viver na solidão como os cartuxos; que os casados não se preocupassem em aumentar seus ganhos mais que os capuchinhos; que o operário passasse o dia todo na igreja como o religioso; e que o religioso estivesse sempre disponível para todo tipo de encontros a serviço do próximo, como o bispo. Não seria ridícula, confusa e intolerável esta devoção?
Contudo, este erro absurdo acontece muitíssimas vezes. E no entanto, Filotéia, a devoção quando é verdadeira não prejudica a ninguém; pelo contrário, tudo aperfeiçoa e consuma. E quando se torna contrária à legítima ocupação de alguém, é falsa, sem dúvida alguma.
A abelha extrai seu mel das flores sem lhes causar dano algum, deixando-as intactas e frescas como encontrou. Todavia, a verdadeira devoção age melhor ainda, porque não somente não prejudica a qualquer espécie de vocação ou tarefa, mas ainda as engrandece e embeleza.
Toda a variedade de pedras preciosas lançadas no mel, tornam-se mais brilhantes, cada qual conforme sua cor; assim também cada um se torna mais agradável e perfeito em sua vocação quando esta for conjugada com a devoção: o cuidado da família se torna tranqüilo, o amor mútuo entre marido e mulher, mais sincero, o serviço que se presta ao príncipe, mais fiel, e mais suave e agradável o desempenho de todas as ocupações.
É um erro, senão até mesmo uma heresia, querer excluir a vida devota dos quartéis de soldados, das oficinas dos operários, dos palácios dos príncipes, do lar das pessoas casadas. Confesso, porém, caríssima Filotéia, que a devoção puramente contemplativa, monástica e religiosa de modo algum pode ser praticada em tais ocupações ou condições. Mas, para além destas três espécies de devoção, existem muitas outras, próprias para o aperfeiçoamento daqueles que vivem no estado secular.
Portanto, onde quer que estejamos, devemos e podemos aspirar à vida perfeita.
A devoção deve ser praticada de modos diferentes pelo nobre e pelo operário, pelo servo e pelo príncipe, pela viúva, pela solteira ou pela casada. E isto ainda não basta. A prática da devoção deve adaptar-se às forças, aos trabalhos e aos deveres particulares de cada um.
Dize-me, por favor, Filotéia, se seria conveniente que os bispos quisessem viver na solidão como os cartuxos; que os casados não se preocupassem em aumentar seus ganhos mais que os capuchinhos; que o operário passasse o dia todo na igreja como o religioso; e que o religioso estivesse sempre disponível para todo tipo de encontros a serviço do próximo, como o bispo. Não seria ridícula, confusa e intolerável esta devoção?
Contudo, este erro absurdo acontece muitíssimas vezes. E no entanto, Filotéia, a devoção quando é verdadeira não prejudica a ninguém; pelo contrário, tudo aperfeiçoa e consuma. E quando se torna contrária à legítima ocupação de alguém, é falsa, sem dúvida alguma.
A abelha extrai seu mel das flores sem lhes causar dano algum, deixando-as intactas e frescas como encontrou. Todavia, a verdadeira devoção age melhor ainda, porque não somente não prejudica a qualquer espécie de vocação ou tarefa, mas ainda as engrandece e embeleza.
Toda a variedade de pedras preciosas lançadas no mel, tornam-se mais brilhantes, cada qual conforme sua cor; assim também cada um se torna mais agradável e perfeito em sua vocação quando esta for conjugada com a devoção: o cuidado da família se torna tranqüilo, o amor mútuo entre marido e mulher, mais sincero, o serviço que se presta ao príncipe, mais fiel, e mais suave e agradável o desempenho de todas as ocupações.
É um erro, senão até mesmo uma heresia, querer excluir a vida devota dos quartéis de soldados, das oficinas dos operários, dos palácios dos príncipes, do lar das pessoas casadas. Confesso, porém, caríssima Filotéia, que a devoção puramente contemplativa, monástica e religiosa de modo algum pode ser praticada em tais ocupações ou condições. Mas, para além destas três espécies de devoção, existem muitas outras, próprias para o aperfeiçoamento daqueles que vivem no estado secular.
Portanto, onde quer que estejamos, devemos e podemos aspirar à vida perfeita.
Sexta-feira da 2ª semana do Tempo Comum
Só a Deus amarás
quinta-feira, 23 de janeiro de 2020
Quinta-feira da 2ª semana do Tempo Comum
Cristo, sempre vivo, intercede por nós
quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
SÃO VICENTE, DIÁCONO E MÁRTIR
Vicente,
diácono da Igreja de Saragoça, morreu mártir em Valência (Espanha),
durante a perseguição de Diocleciano, depois de ter sofrido cruéis
tormentos. Seu culto logo se propagou por toda a Igreja.
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Segunda leitura
Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
(Sermo 276,1-2: PL 38,1256)
(Séc. V)
Vicente venceu naquele por quem o mundo foi vencido
A vós foi dado por Cristo não apenas crerdes nele, mas também sofrerdes por causa dele (Fl 1,29), diz a Escritura.
O levita Vicente recebera e possuía um e outro dom. Se não tivesse recebido, como os haveria de possuir? Tinha confiança na palavra, tinha coragem no sofrimento.
Ninguém, portanto, se envaideça de sua força interior, quando fala; ninguém confie nas próprias forças, quando é tentado; porque se falamos bem e com prudência, é de Deus que vem nossa sabedoria e, se suportamos os males com firmeza, é dele que vem a nossa força.
Lembrai-vos de como, no Evangelho, Cristo Senhor adverte os que são seus; lembrai-vos do Rei dos mártires instruindo nas armas espirituais os seus exércitos, exortando-os para a guerra, dando-lhes ajuda e prometendo a recompensa. Ele, que disse aos discípulos: No mundo, tereis tribulações, logo acrescenta, a fim de consolar os medrosos: Mas tende coragem! Eu venci o mundo (Jo 16,33).
Por que então nos admiramos, caríssimos, se Vicente venceu naquele por quem o mundo foi vencido? No mundo, tereis tribulações, diz o Senhor. O mundo persegue, mas não triunfa; ataca, mas não vence. O mundo conduz uma dupla batalha contra os soldados de Cristo: afaga-os para enganá-los, aterroriza-os para quebrá-los. Que o nosso bem-estar não nos preocupe, não nos assuste a maldade alheia, e o mundo está vencido.
Cristo acorre a ambos os combates e o cristão não é vencido. Se neste martírio se considera a capacidade humana para suportá-lo, o fato torna-se incompreensível; mas se nele se reconhece o poder divino, nada há que admirar.
Era tanta a crueldade que afligia o corpo do mártir, e tanta a serenidade que transparecia de sua voz; era tamanha a ferocidade dos suplícios que maltratavam os seus membros, e tamanha a firmeza que ressoava nas suas palavras que, de algum modo maravilhoso, enquanto Vicente suportava o martírio, julgávamos ser torturada outra pessoa diferente da que falava.
E era realmente assim, irmãos, era assim mesmo: era outro que falava. No Evangelho, Cristo prometeu também isto a suas testemunhas, ao prepará-las para tais combates. Falou deste modo: Não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. (Mt 10,19-20). Por conseguinte, a carne sofria e o Espírito falava; e enquanto o Espírito falava, não apenas era vencida a impiedade, mas também a fraqueza era confortada.
O levita Vicente recebera e possuía um e outro dom. Se não tivesse recebido, como os haveria de possuir? Tinha confiança na palavra, tinha coragem no sofrimento.
Ninguém, portanto, se envaideça de sua força interior, quando fala; ninguém confie nas próprias forças, quando é tentado; porque se falamos bem e com prudência, é de Deus que vem nossa sabedoria e, se suportamos os males com firmeza, é dele que vem a nossa força.
Lembrai-vos de como, no Evangelho, Cristo Senhor adverte os que são seus; lembrai-vos do Rei dos mártires instruindo nas armas espirituais os seus exércitos, exortando-os para a guerra, dando-lhes ajuda e prometendo a recompensa. Ele, que disse aos discípulos: No mundo, tereis tribulações, logo acrescenta, a fim de consolar os medrosos: Mas tende coragem! Eu venci o mundo (Jo 16,33).
Por que então nos admiramos, caríssimos, se Vicente venceu naquele por quem o mundo foi vencido? No mundo, tereis tribulações, diz o Senhor. O mundo persegue, mas não triunfa; ataca, mas não vence. O mundo conduz uma dupla batalha contra os soldados de Cristo: afaga-os para enganá-los, aterroriza-os para quebrá-los. Que o nosso bem-estar não nos preocupe, não nos assuste a maldade alheia, e o mundo está vencido.
Cristo acorre a ambos os combates e o cristão não é vencido. Se neste martírio se considera a capacidade humana para suportá-lo, o fato torna-se incompreensível; mas se nele se reconhece o poder divino, nada há que admirar.
Era tanta a crueldade que afligia o corpo do mártir, e tanta a serenidade que transparecia de sua voz; era tamanha a ferocidade dos suplícios que maltratavam os seus membros, e tamanha a firmeza que ressoava nas suas palavras que, de algum modo maravilhoso, enquanto Vicente suportava o martírio, julgávamos ser torturada outra pessoa diferente da que falava.
E era realmente assim, irmãos, era assim mesmo: era outro que falava. No Evangelho, Cristo prometeu também isto a suas testemunhas, ao prepará-las para tais combates. Falou deste modo: Não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. (Mt 10,19-20). Por conseguinte, a carne sofria e o Espírito falava; e enquanto o Espírito falava, não apenas era vencida a impiedade, mas também a fraqueza era confortada.
Quarta-feira da 2ª semana do Tempo Comum
terça-feira, 21 de janeiro de 2020
SANTA INÊS, VIRGEM E MÁRTIR
Memória
Sofreu o martírio em Romana
segunda metade do século III ou, mais provavelmente, no início do
século IV. O papa São Dâmaso adornou o seu sepulcro com versos, e
muitos Santos Padres, seguindo Santo Ambrósio, celebraram seus louvores.
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Segunda leitura
Do Tratado sobre as Virgens,
de Santo Ambrósio, bispo
(Lib. 1, cap.
2.5.7-9:PL 16, [edit. 1845],189-191)
(Séc.IV)
Ainda não
preparada para o sofrimento e já madura para a
vitória!
Celebramos o natalício de uma
virgem: imitemos sua integridade; é o natalício de uma mártir:
ofereçamos sacrifícios. É o aniversário de Santa Inês. Conta-se que
sofreu o martírio com a idade de doze anos. Quanto mais detestável foi
a crueldade que não poupou sequer tão tenra idade, tanto maior é a
força da fé que até naquela idade encontrou testemunho.
Haveria naquele corpo tão
pequeno lugar para uma ferida? Mas aquela que quase não tinha tamanho
para receber o golpe da espada, teve força para vencer a espada. E isto
numa idade em que as meninas não suportam sequer ver o rosto zangado
dos pais e choram como se uma picada de alfinete fosse uma ferida!
Mas ela permaneceu impávida
entre as mãos ensangüentadas dos carrascos, imóvel perante o arrastar
estridente dos pesados grilhões. Oferece o corpo à espada do soldado
enfurecido, sem saber o que é a morte, mas pronta para ela. Levada à
força até os altares dos ídolos, estende as mãos para Cristo no meio do
fogo, e nestas chamas sacrílegas mostra o troféu do Senhor vitorioso.
Finalmente, tendo que introduzir o pescoço e ambas as mãos nas algemas
de ferro, nenhum elo era suficientemente apertado para segurar membros
tão pequeninos.
Novo gênero de martírio? Ainda
não preparada para o sofrimento e já madura para a vitória! Mal sabia
lutar e facilmente triunfa! Dá uma lição de firmeza apesar de tão pouca
idade! Uma recém-casada não se apressaria para o leito nupcial com
aquela alegria com que esta virgem correu para o lugar do suplício,
levando a cabeça enfeitada não de belas tranças mas de Cristo, e
coroada não de flores mas de virtudes.
Todos choram, menos ela.
Muitos se admiram de vê-la entregar tão generosamente a vida que ainda
não começara a gozar, como se já tivesse vivido plenamente. Todos ficam
espantados que já se levante como testemunha de Deus quem, por causa da
idade, não podia ainda dar testemunho de si. Afinal, aquela que não
mereceria crédito se testemunhasse a respeito de um homem, conseguiu
que lhe dessem crédito ao testemunhar acerca de Deus. Pois o que está
acima da natureza, pode fazê-lo o Autor da natureza.
Quantas ameaças não terá feito
o carrasco para incutir-lhe terror! Quantas seduções para persuadi-la!
Quantas propostas para casar com algum deles! Mas sua resposta foi
esta: “É uma injúria ao Esposo esperar por outro que me agrade. Aquele
que primeiro me escolheu para si, esse é que me receberá. Por que
demoras, carrasco? Pereça este corpo que pode ser amado por quem não
quero!” Ficou de pé, rezou, inclinou a cabeça.
Terias podido ver o carrasco
perturbar-se, como se fosse ele o condenado, tremer a mão que
desfecharia o golpe, e empalidecerem os rostos temerosos do perigo
alheio, enquanto a menina não temia o próprio perigo. Tendes, pois,
numa única vítima um duplo martírio: o da castidade e o da fé. Inês
permaneceu virgem e alcançou o martírio.
Terça-feira da 2ª semana do Tempo Comum
Quem poderá falar sobre o vínculo da caridade de Deus?
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
SÃO SEBASTIÃO, MÁRTIR
Morreu
mártir em Roma no começo da perseguição de Diocleciano. Seu sepulcro,
na via Ápia, junto das Catacumbas, já era venerado pelos fiéis desde a
mais remota antiguidade.
___________________________
Segunda leitura
Do Comentário sobre o Salmo 118, de Santo Ambrósio, bispo
(Cap. 20, 43-45.48: CSEL 62,466-468)
(Séc. IV)
Fiel testemunha de Cristo
É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no reino de Deus (At
14,22). A muitas perseguições, correspondem muitas provações; onde há
muitas coroas de vitória, deve ter havido muitas lutas. Portanto é bom
para ti que haja muitos perseguidores, pois entre muitas perseguições
mais facilmente encontrarás o modo de seres coroado.
Tomemos o exemplo do mártir Sebastião; hoje é seu dia natalício.
É originário daqui, de Milão. Talvez o perseguidor já tivesse se afastado ou talvez ainda não tivesse vindo a este lugar, ou fosse mais condescendente. De qualquer modo, Sebastião compreendeu que aqui, ou não haveria luta, ou ela seria insignificante.
Partiu então para Roma, onde por causa da fé havia uma tremenda perseguição. Lá sofreu o martírio, isto é, lá foi coroado. Assim, no lugar onde chegara como hóspede, encontrou a morada da eterna imortalidade. Se só houvesse um perseguidor, talvez este mártir não tivesse sido coroado.
Mas o pior é que os perseguidores não são apenas os que se vêem; há também os invisíveis, e estes são muito mais numerosos.
Assim como um único rei perseguidor envia muitas ordens de perseguição, e desse modo em cada cidade ou província há diversos perseguidores, também o diabo envia muitos servos seus para moverem perseguições, não apenas exteriormente mas interiormente, na alma de cada um.
Sobre tais perseguições foi dito: Todos os que querem levar uma vida fervorosa em Cristo Jesus serão perseguidos (2Tm 3,12). Disse todos, sem exceção. Pois quem de fato poderia ser excetuado, se até o próprio Senhor suportou os tormentos das perseguições?
Quantos há que, às ocultas, todos os dias, são mártires de Cristo e proclamam que Jesus é o Senhor! O apóstolo Paulo, testemunha fiel de Cristo, conheceu este martírio, pois afirmou: A nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência (2Cor 1,12).
É originário daqui, de Milão. Talvez o perseguidor já tivesse se afastado ou talvez ainda não tivesse vindo a este lugar, ou fosse mais condescendente. De qualquer modo, Sebastião compreendeu que aqui, ou não haveria luta, ou ela seria insignificante.
Partiu então para Roma, onde por causa da fé havia uma tremenda perseguição. Lá sofreu o martírio, isto é, lá foi coroado. Assim, no lugar onde chegara como hóspede, encontrou a morada da eterna imortalidade. Se só houvesse um perseguidor, talvez este mártir não tivesse sido coroado.
Mas o pior é que os perseguidores não são apenas os que se vêem; há também os invisíveis, e estes são muito mais numerosos.
Assim como um único rei perseguidor envia muitas ordens de perseguição, e desse modo em cada cidade ou província há diversos perseguidores, também o diabo envia muitos servos seus para moverem perseguições, não apenas exteriormente mas interiormente, na alma de cada um.
Sobre tais perseguições foi dito: Todos os que querem levar uma vida fervorosa em Cristo Jesus serão perseguidos (2Tm 3,12). Disse todos, sem exceção. Pois quem de fato poderia ser excetuado, se até o próprio Senhor suportou os tormentos das perseguições?
Quantos há que, às ocultas, todos os dias, são mártires de Cristo e proclamam que Jesus é o Senhor! O apóstolo Paulo, testemunha fiel de Cristo, conheceu este martírio, pois afirmou: A nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência (2Cor 1,12).
SÃO FABIANO, PAPA E MÁRTIR
Ao tomar conhecimento da morte do Papa Fabiano, São Cipriano enviou aos presbíteros e diáconos de Roma a seguinte carta:
“Quando era ainda incerta entre nós a notícia da morte desse homem justo, meu companheiro no episcopado, recebi de vós, caríssimos irmãos, a carta que me enviastes pelo subdiácono Cremêncio; por ela fiquei completamente a par da sua gloriosa morte. Muito me alegrei, porque a integridade do seu governo foi coroada com um fim tão nobre.
Por isso, quero congratular-me convosco, por terdes honrado a sua memória com um testemunho tão esplêndido e tão ilustre. Destes-nos a conhecer a lembrança gloriosa que conservais de vosso pastor, que é para nós um exemplo de fé e fortaleza.
Realmente, assim como é um precedente pernicioso para os seguidores a queda daquele que os preside, pelo contrário, é útil e salutar o testemunho de um bispo que dá aos irmãos o exemplo de firmeza na fé”.
Mas, parece que, antes de receber esta carta, a Igreja de Roma dera à Igreja de Cartago testemunho da sua fidelidade na perseguição:
“A Igreja permanece firme na fé, embora alguns tenham caído, seja porque impressionados com a repercussão suscitada por serem pessoas ilustres, seja porque vencidos pelo medo dos homens. Todavia, nós não os abandonamos, embora tenham se separado de nós. Antes, os encorajamos e aconselhamos a fazerem penitência, para que obtenham o perdão daquele que pode concedê-lo. Pois se perceberem que foram abandonados por nós, talvez se tornem piores.
Vede, portanto, irmãos, como deveis proceder também vós: se corrigirdes com vossas exortações aqueles que caíram, e eles forem novamente presos, proclamarão a fé para reparar o erro anterior. Igualmente vos lembramos outros deveres que haveis de levar em conta: se aqueles que caíram nesta tentação começarem a tomar consciência de sua fraqueza, se se arrependerem do que fizeram e desejam voltar à comunhão da Igreja, devem ser ajudados. As viúvas e os indigentes que não podem valer-se a si mesmos, os encarcerados ou os que foram afastados para longe de suas casas, devem ter quem os ajude. Do mesmo modo, os catecúmenos que estão presos não devem se sentir desiludidos na sua esperança de ajuda.
Saúdam-vos os irmãos que estão presos, os presbíteros e toda a Igreja de Roma que, com a maior solicitude, vela sobre todos os que invocam o nome do Senhor. E também pedimos que vos lembreis de nós.
“Quando era ainda incerta entre nós a notícia da morte desse homem justo, meu companheiro no episcopado, recebi de vós, caríssimos irmãos, a carta que me enviastes pelo subdiácono Cremêncio; por ela fiquei completamente a par da sua gloriosa morte. Muito me alegrei, porque a integridade do seu governo foi coroada com um fim tão nobre.
Por isso, quero congratular-me convosco, por terdes honrado a sua memória com um testemunho tão esplêndido e tão ilustre. Destes-nos a conhecer a lembrança gloriosa que conservais de vosso pastor, que é para nós um exemplo de fé e fortaleza.
Realmente, assim como é um precedente pernicioso para os seguidores a queda daquele que os preside, pelo contrário, é útil e salutar o testemunho de um bispo que dá aos irmãos o exemplo de firmeza na fé”.
Mas, parece que, antes de receber esta carta, a Igreja de Roma dera à Igreja de Cartago testemunho da sua fidelidade na perseguição:
“A Igreja permanece firme na fé, embora alguns tenham caído, seja porque impressionados com a repercussão suscitada por serem pessoas ilustres, seja porque vencidos pelo medo dos homens. Todavia, nós não os abandonamos, embora tenham se separado de nós. Antes, os encorajamos e aconselhamos a fazerem penitência, para que obtenham o perdão daquele que pode concedê-lo. Pois se perceberem que foram abandonados por nós, talvez se tornem piores.
Vede, portanto, irmãos, como deveis proceder também vós: se corrigirdes com vossas exortações aqueles que caíram, e eles forem novamente presos, proclamarão a fé para reparar o erro anterior. Igualmente vos lembramos outros deveres que haveis de levar em conta: se aqueles que caíram nesta tentação começarem a tomar consciência de sua fraqueza, se se arrependerem do que fizeram e desejam voltar à comunhão da Igreja, devem ser ajudados. As viúvas e os indigentes que não podem valer-se a si mesmos, os encarcerados ou os que foram afastados para longe de suas casas, devem ter quem os ajude. Do mesmo modo, os catecúmenos que estão presos não devem se sentir desiludidos na sua esperança de ajuda.
Saúdam-vos os irmãos que estão presos, os presbíteros e toda a Igreja de Roma que, com a maior solicitude, vela sobre todos os que invocam o nome do Senhor. E também pedimos que vos lembreis de nós.
Segunda-feira da 2ª semana do Tempo Comum
Tende fé em Cristo e caridade
domingo, 19 de janeiro de 2020
Domingo da 2ª semana do Tempo Comum
Da Carta aos Efésios, de Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir
Na concórdia da unidade
De todos os modos vos convém glorificar a Jesus Cristo que vos
glorifica, para que, perfeitamente unidos na obediência, sujeitos ao
bispo e ao presbitério, vos santifiqueis em tudo.
Não vos dou ordens, como se fosse alguém. Mesmo carregado de cadeias
por causa do nome de Cristo, ainda não sou perfeito em Jesus Cristo. Só
agora começo a ser discípulo e vos falo como a condiscípulos. Eu é que
deveria ser ungido por vossa fé, exortações, paciência, serenidade. A
caridade, porém, não me permite calar a vosso respeito; resolvi por
isto adiantar-me e exortar-vos a serdes bem unidos ao pensamento de
Deus. Jesus Cristo, nossa vida inseparável, é o pensamento do Pai, da
mesma forma como os bispos, em toda a extensão da terra, são o
pensamento de Jesus Cristo.
Convém, pois, que vos encontreis com o pensamento do bispo, como aliás
já o fazeis. Na verdade, vosso inesquecível presbitério, digno de Deus,
está unido ao bispo como as cordas à cítara. Deste modo, em vosso
consenso e caridade, ressoa Jesus Cristo. Cada um de vós, igualmente,
forme um coro, uníssono na concórdia, recebendo a melodia de Deus na
unidade, para cantardes a uma só voz por Jesus Cristo ao Pai. Este vos
ouvirá e reconhecer-vos-á por vossa atitude como membros de seu Filho.
É, na verdade, útil para vós estar na imaculada unidade, a fim de que
participeis sempre de Deus.
Se eu, em tão curto tempo, fiz tão grande amizade, não humana mas
espiritual, com vosso bispo, como vos considero felizes por lhe
estardes unidos à semelhança da Igreja a Jesus Cristo e como Jesus
Cristo ao Pai; para que de tudo resulte a unidade! Ninguém se engane:
se alguém não estiver junto do altar, ficará privado do pão de Deus. Se
a oração de um ou dois tem tamanha força, quanto mais a oração do bispo
e de toda a Igreja!
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