Memória
sábado, 31 de julho de 2021
Santo Inácio de Loyola, presbítero
sexta-feira, 30 de julho de 2021
31/jul/21, Sábado da 17ª semana do Tempo Comum
Podcast Ofício das Leituras nº 356
Título:
Tudo se faça em honra de Deus
Fonte:
Da Epístola a Policarpo, por Santo Inácio de Antioquia, bispo
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São Pedro Crisólogo, bispo e doutor da Igreja
Nasceu por volta do ano 380, em Forum de Cornélio (Ímola), na Emília, e ali fez parte de seu clero. Em 424, eleito bispo de Ravena, instruiu por sermões e atos seu rebanho, ao qual se dedicou sem medida. Morreu pelo ano de 450.
Dos Sermões de São Pedro Crisólogo, bispo
(Sermo 148: PL 52, 596-598)
(Séc. V)
O mistério da encarnação
Se uma virgem concebe, virgem dá à luz e permanece virgem; isto não é costume, mas um sinal; não é normal, mas virtude, é o Criador, não a natureza; não é comum, mas único; é divino, não humano. Que Cristo nascesse não veio de uma necessidade, mas de seu poder; foi o mistério da piedade, a reparação da salvação humana. Quem, sem nascimento, fez o homem da argila intacta, nascendo, fez um homem, de um corpo intacto. As mãos que se dignaram pegar no barro para nos plasmar, também se dignaram assumir a carne para nossa recriação. Por conseguinte, se o Criador se encontra em sua criatura, se Deus está na carne, é honra para a criatura, não é injúria para o Criador.
Homem, por que és tão vil a teus olhos, tu que és tão precioso para Deus? Por que, tão honrado por Deus, te desonras a ti mesmo deste modo? Por que indagas donde foste feito e não te preocupas para o que foste feito? Esta casa do mundo que vês, não foi toda ela feita para ti? A luz que te foi dada afasta as trevas que te cercam; por tua causa, foi regulada a noite, medido o dia; para ti o céu, com os vários fulgores do sol, da lua, das estrelas, se irradia, para ti a terra se embeleza de flores, de bosques, de frutos; para ti foi criada no ar, nos campos, na água, linda multidão formada de animais estupendos, para que a triste solidão não perturbasse a alegria do novo mundo.
O Criador ainda imagina algo mais para tua honra: põe em ti sua imagem, para que a imagem visível torne presente na terra o invisível Criador; e te colocou no mundo como seu representante, para que tão vasto domínio do universo não fosse lesado por esse representante do Senhor. Aquilo que por si mesmo fez em ti, Deus, com clemência assumiu em si; e quis ser verdadeiramente visto no homem, em quem antes apenas aparecia em imagem. Concedeu que fosse a realidade quem antes recebera ser a semelhança.
Nasce, portanto, Cristo, a fim de por seu nascimento tornar de novo íntegra a natureza; aceita a infância, sujeita-se a ser nutrido, cresce pelo passar dos anos, para renovar a idade una, perfeita e eterna, que ele mesmo fizera; traz em si o homem, de forma a não mais poder cair; a quem fizera terreno, fá-lo celeste; ao animado apenas pelo espírito humano, vivifica pelo espírito divino; e assim leva-o todo para Deus, de modo que nada de pecado, de morte, de sofrimento, de dores, tudo de terreno, nada reste, pelo dom de nosso Senhor Jesus Cristo, que com o Pai vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, agora e sempre pelos séculos infinitos. Amém.
quinta-feira, 29 de julho de 2021
30/jul/21, Sexta-feira da 17ª semana do Tempo Comum
Podcast Ofício das Leituras nº 354
Título:
É-nos preciso, por causa de Deus, tudo suportar para que ele também nos suporte
Fonte:
Início da Epístola a Policarpo, de santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir
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Santa Marta
Memória
quarta-feira, 28 de julho de 2021
29/jul/21, Quinta-feira da 17ª semana do Tempo Comum
Podcast Ofício das Leituras nº 352
Título:
A Igreja, esposa de Cristo
Fonte:
Das Catequeses de São Cirilo de Jerusalém, bispo
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terça-feira, 27 de julho de 2021
28/jul/21, Quarta-feira da 17ª semana do Tempo Comum
Podcast Ofício das Leituras nº 350
Título:
Igreja ou convocação do povo de Deus
Fonte:
Das Catequeses de São Cirilo de Jerusalém, bispo
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segunda-feira, 26 de julho de 2021
27/jul/21, Terça-feira da 17ª semana do Tempo Comum
Podcast Ofício das Leituras nº 348
Título:
Semeai para vós mesmos na justiça
Fonte:
Das Homilias de São Basílio Magno, bispo
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São Joaquim e Santa Ana, pais de Nossa Senhora
Memória
Segundo uma antiga tradição, já conhecida no século II, assim eram chamados os pais da Santíssima Virgem Maria. O culto a Sant’ Ana, prestado no Oriente desde o século VI, difundiu-se pelo Ocidente no século X. Mais recentemente, São Joaquim passou também a ser venerado.
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Segunda leitura
Dos Sermões de São João Damasceno, bispo
(Orat. 6, in Nativitatem B. Mariae V., 2.4.5.6:PG 96, 663.667.670)
(Séc.VIII)
Vós os conhecereis pelos seus frutos
Estava determinado que a Virgem Mãe de Deus iria nascer de Ana. Por isso, a natureza não ousou antecipar o germe da graça, mas permaneceu sem dar o próprio fruto até que a graça produzisse o seu. De fato, convinha que fosse primogênita aquela de quem nasceria o primogênito de toda a criação, no qual todas as coisas têm a sua consistência (cf. Cl 1,17).
Ó casal feliz, Joaquim e Ana! A vós toda a criação se sente devedora. Pois foi por vosso intermédio que a criatura ofereceu ao Criador o mais valioso de todos os dons, isto é, a mãe pura, a única que era digna do Criador.
Alegra-te, Ana estéril, que nunca foste mãe, exulta e regozija-te, tu que nunca deste à luz (Is 54,1). Rejubila-te, Joaquim, porque de tua filha nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; o nome que lhe foi dado é: Anjo do grande conselho, salvação do mundo inteiro, Deus forte (Cf. Is 9,5). Este menino é Deus.
Ó casal feliz, Joaquim e Ana, sem qualquer mancha! Sereis conhecidos pelo fruto de vossas entranhas, como disse o Senhor certa vez: Vós os conhecereis pelos seus frutos (Mt 7,16). Estabelecestes o vosso modo de viver da maneira mais agradável a Deus e digno daquela que de vós nasceu. Na vossa casta e santa convivência educastes a pérola da virgindade, aquela que havia de ser virgem antes do parto, virgem no parto e continuaria virgem depois do parto; aquela que, de maneira única, conservaria sempre a virgindade, tanto em seu corpo como em seu coração.
Ó castíssimo casal, Joaquim e Ana! Conservando a castidade prescrita pela lei natural, alcançastes de Deus aquilo que supera a natureza: gerastes para o mundo a mãe de Deus, que foi mãe sem a participação de homem algum. Levando, ao longo de vossa existência, uma vida santa e piedosa, gerastes uma filha que é superior aos anjos e agora é rainha dos anjos.
Ó formosíssima e dulcíssima jovem! Ó filha de Adão e Mãe de Deus! Felizes o pai e a mãe que te geraram! Felizes os braços que te carregaram e os lábios que te beijaram castamente, ou seja, unicamente os lábios de teus pais, para que sempre e em tudo conservasses a perfeita virgindade! Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos, exultai e cantai salmos (cf. Sl 97,4-5). Levantai vossa voz; clamai e não tenhais medo.
domingo, 25 de julho de 2021
26/jul/21, Segunda-feira da 17ª semana do Tempo Comum
Podcast Ofício das Leituras nº 346
Título:
A Misericórdia Divina e a humana
Fonte:
Dos Sermões de São Cesário de Arles, bispo
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São Tiago maior, apóstolo
Festa
Os filhos de Zebedeu pedem a Cristo: Deixa-nos sentar um à tua direita e outro, à tua esquerda (Mc 10,37). Que resposta lhes dá o Senhor? Para mostrar que no seu pedido nada havia de espiritual, e se soubessem o que pediam não teriam ousado fazê-lo, diz: Não sabeis o que estais pedindo (Mt 20,22), isto é, não sabeis como é grande, admirável e superior aos próprios poderes celestes aquilo que pedis. Depois acrescenta: Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? (Mt 20,22). É como se lhes dissesse: “Vós me falais de honras e de coroas; eu, porém, de combates e de suores. Não é este o tempo das recompensas, nem é agora que minha glória há de se manifestar. Mas a vida presente é de morte violenta, de guerra e de perigos”.
Reparai como o Senhor os atrai e exorta, pelo modo de interrogar. Não perguntou: “Podeis suportar os suplícios? podeis derramar vosso sangue? Mas indagou: Por acaso podeis beber o cálice? E para os estimular, ainda acrescentou: que eu vou beber? Assim falava para que, em união com ele, se tornassem mais decididos. Chama sua paixão de batismo, para dar a entender que os sofrimentos haviam de trazer uma grande purificação para o mundo inteiro. Então os dois discípulos lhe disseram: Podemos (Mt 20,22). Prometem imediatamente, cheios de fervor, sem perceber o alcance do que dizem, mas com a esperança de obter o que pediam.
Que afirma o Senhor? De fato, vós bebereis do meu cálice (Mt 20,23), e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado (Mc 10,39). Grandes são os bens que lhes anuncia, a saber: “Sereis dignos de receber o martírio e sofrereis comigo; terminareis a vida com morte violenta e assim participareis da minha paixão”. Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou (Mt 20,23). Somente depois de lhes ter levantado os ânimos e de tê-los tornado capazes de superar a tristeza é que corrigiu o pedido que fizeram.
Então os outros dez discípulos ficaram irritados contra os dois irmãos (Mt 20,24). Vedes como todos eles eram imperfeitos, tanto os que tentavam ficar acima dos outros, como os dez que tinham inveja dos dois? Mas, como já tive ocasião de dizer, observai-os mais tarde e vereis como estão livres de todos esses sentimentos. Prestai atenção como o mesmo apóstolo João, que se adianta agora por este motivo, cederá sempre o primeiro lugar a Pedro, quer para usar da palavra, quer para fazer milagres, conforme se lê nos Atos dos Apóstolos. Tiago, porém, não viveu muito mais tempo. Desde o princípio, pondo de parte toda aspiração humana, elevou-se a tão grande santidade que bem depressa recebeu a coroa do martírio.