sábado, 15 de fevereiro de 2020

Sábado da 5ª semana do Tempo Comum


Segunda leitura 
  Dos Sermões do Bem-aventurado Isaac, abade do mosteiro de Stella 
 
(Sermo 31: PL 194,1292-1293) 
 
(Séc. XII) 
 

A supremacia da caridade 
 
Por que, irmãos, somos tão pouco solícitos em buscar ocasiões de salvação uns para os outros? Tão pouco cuidadosos em mais ajudarmo-nos mutuamente onde a necessidade for maior em carregar os fardos dos irmãos? O Apóstolo a isto nos exorta dizendo: Carregai os fardos uns dos outros e cumprireis assim a lei de Cristo; e em outro lugar: Suportando-vos reciprocamente na caridade. É esta, na verdade, a lei de Cristo.
Se há em meu irmão – seja por indigência seja por fraqueza corporal ou de educação – alguma coisa de incorrigível, por que não a suporto com paciência, e não a levo de bom grado? Pois está escrito: Seus filhos serão levados aos ombros e consolados no regaço? Não será porque me falta aquela caridade que tudo sofre, que é paciente para suportar e benigna para amar?
Certamente esta é a lei de Cristo, dele que assumiu verdadeiramente nossas enfermidades pela paixão e suportou nossas dores pela compaixão, amando os que carregava, carregando os que amava.
Quem ataca o irmão em necessidade, quem põe armadilhas de qualquer tipo à sua fraqueza, está, sem dúvida alguma, sujeito à lei do demônio e a obedece. Sejamos então compassivos uns pelos outros, amantes da fraternidade, pacientes com as fraquezas, perseguidores dos vícios.
Toda vida que se preocupa sinceramente com o amor de Deus e, por ele, com o amor do próximo, é mais aprovada por Deus, sejam quais forem suas observâncias ou seus usos religiosos. A caridade é aquela em vista da qual tudo se deve fazer ou não fazer, mudar ou não mudar. É ela o princípio e o fim que devem regular tudo. Nada é culpável quando feito por ela e em conformidade com ela.
Oxalá ela nos seja concedida por aquele a quem não podemos agradar sem ela, pois sem ele nada absolutamente podemos, ele que vive e reina, Deus, pelos séculos infindos. Amém.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Sexta-feira da 5ª semana do Tempo Comum


Segunda leitura 
  Dos Sermões de São Leão Magno, papa 
 
(Sermo in Nativitate Domini 7,2.6: PL 54,217-218.220-221) 
 
(Séc. V) 
 

Toma consciência da dignidade de tua natureza 
 
Tendo nascido, Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro homem, que jamais deixou de ser Deus verdadeiro, iniciou em si uma nova criação. Na figura do seu nascimento, ele entregou ao gênero humano um princípio segundo o espírito. Que inteligência poderá compreender este mistério? Que lábios o poderão contar? A iniquidade voltou à inocência, a velhice, à novidade, filhos alheios são adotados como próprios, e estranhos têm parte na herança!
Acorda, ó homem; toma consciência da dignidade de tua natureza. Recorda-te de teres sido feito à imagem de Deus que, embora corrompida em Adão, foi recriada em Cristo. Portanto, usa de modo justo das criaturas visíveis, como gozas da terra, do mar, do céu, do ar, das fontes, dos rios e tudo quanto neles achas de belo e de admirável. Por tudo dá louvor e glória ao Criador!
Aprecia com os sentidos do corpo a luz material. Com toda a intensidade do espírito abraça aquela verdadeira luz que ilumina todo homem que vem a este mundo e à qual se refere o Profeta: Aproximai-vos dele e sereis iluminados e vossos rostos não se cobrirão de confusão. Se somos templo de Deus e se o Espírito de Deus habita em nós, o que qualquer fiel possui no coração é muito maior do que tudo quanto se admira no céu.
Caríssimos, não vos estamos sugerindo ou aconselhando a desprezardes as obras de Deus ou a julgardes haver algo contrário à vossa fé nos bens criados pelo Deus de bondade. Nós vos exortamos, porém, a usardes com medida e discernimento da beleza de toda criatura e dos valores do universo, pois Aquilo que se vê é temporário, como diz o Apóstolo, quanto ao que não se vê, é eterno. Por conseguinte, nascidos para as realidades presentes, renascidos, porém, para as futuras não nos entreguemos aos bens temporais, mas estejamos atentos aos eternos. Para percebermos mais de perto nossa esperança, pensemos sobre o que a graça divina trouxe à nossa natureza. Ouçamos o Apóstolo: Estais mortos e vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com ele na glória. Ele que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Quinta-feira da 5ª semana do Tempo Comum


Segunda leitura 
  Do Comentário sobre a Carta aos Gálatas, de Santo Agostinho, bispo 
 
(Nn. 37.38: PL 35,2131-2132) 
 
(Séc. V) 
 

Forme-se Cristo em vós 
 
Diz o Apóstolo: Sede como eu. Embora judeu por nascimento, desprezo em meu espírito as prescrições segundo a carne. Porque também eu, como vós, sou homem. Em seguida, com delicadeza, ele os faz reconsiderar sua caridade, para que não o tratem como inimigo. Assim fala: Irmãos, suplico-vos, não me ofendestes em nada. Como se dissesse: "Não julgueis que desejo ofender-vos".
Por isto diz ainda: Filhinhos, para que o imitem como pai. A quem, continua, dou de novo à luz até que Cristo se forme em vós. Fala principalmente na pessoa da santa mãe Igreja, pois declara em outro lugar: Tornei-me pequenino entre vós, como mãe que acalenta seus filhos.
No crente, Cristo se forma, pela fé, no homem interior, chamado à liberdade da graça, manso e humilde de coração, que não se envaidece pelos méritos de suas obras, que são nulas. Se ele começa a ter algum mérito, deve-o à própria graça. A este pode chamar seu mínimo e identificá-lo consigo aquele que disse: O que fizestes a um dos mínimos meus, a mim o fizestes. Cristo é formado naquele que recebe a forma de Cristo. Recebe a forma de Cristo quem adere a Cristo com espiritual amor.
Disto decorre que, imitando-o, se torne o que ele é, na medida que lhe é possível. Quem diz estar em Cristo, fala João, deve caminhar como também ele caminhou.
Visto como os homens são concebidos pelas mães para se formar e, uma vez formados, são dados à luz do nascimento, surpreendem-nos as palavras: De novo dou à luz até que Cristo se forme em vós. Temos de entender este novo parto como a aflição dos cuidados que ele suporta por aqueles pelos quais sofre até que Cristo nasça. De novo sofre as dores do parto por causa da sedução perigosa que os perturba. Semelhante solicitude a respeito deles, que o faz dizer estar em dores do parto, pode continuar até que cheguem à medida da idade perfeita de Cristo, de maneira que já não se deixem levar por todo vento de doutrina. Não está solícito, portanto, em relação à fé inicial deles, pois já haviam nascido, mas quanto a seu fortalecimento e perfeição. Assim é que ele diz: A quem de novo dou à luz, até que Cristo se forme em vós. Com outras palavras refere-se ao mesmo sofrimento: Os meus cuidados de todos os dias, a solicitude por todas as Igrejas. Quem se enfraquece sem que eu também me torne fraco? quem tropeça, que eu não me ponha a arder?

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Quarta-feira da 5ª semana do Tempo Comum


Segunda leitura 
  Das Cartas de Santo Ambrósio, bispo 
 
(Ep. 35,4-6.13: PL 16 [ed. 1845],1078-1079.1081) 
 
(Séc. IV) 
 

Somos herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo 
 
Quem, diz o Apóstolo, faz morrer pelo espírito as obras da carne, viverá. Não admira que viva, pois quem tem o Espírito de Deus se torna filho de Deus. É verdadeiro filho de Deus porque não recebe o espírito de servidão, mas de adoção dos filhos, a ponto de dar o Espírito Santo a nosso espírito o testemunho de que somos filhos de Deus. Este testemunho vem do Espírito Santo, pois é ele mesmo quem clama em nossos corações: "Abá! meu Pai! , como se lê na Carta aos Gálatas. Grande testemunho é sermos filhos de Deus, porque somos assim herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo. Co-herdeiro é aquele que é conglorificado com ele; e conglorificado é quem, sofrendo por ele, padece com ele.
Para estimular-nos à paixão, Paulo acrescenta que tudo quanto sofremos é pouco e sem proporção às recompensas dos futuros bens que se revelarão em nós. Recriados à imagem de Deus, mereceremos ver sua glória face a face.
Para aumentar a grandeza da futura revelação, o Apóstolo acrescenta que também as criaturas estão na expectativa desta revelação dos filhos de Deus, apesar de agora estarem submetidas, não por própria vontade, mas na esperança. Esperam de Cristo a paga de seus serviços. Isto é, serem libertas da escravidão da corrupção, a fim de que também elas sejam incluídas na liberdade da glória dos filhos de Deus. Deste modo haverá uma única liberdade, a liberdade das criaturas e dos filhos de Deus, quando se revelar sua glória. Na verdade agora, demorando tanto a revelação, toda criatura geme, enquanto aguarda ansiosa nossa adoção e redenção gloriosas, dando já à luz o espírito de salvação, no desejo de libertar-se da sujeição à vaidade.
O sentido é muito claro: possuindo as primícias do Espírito, eles gemem, na expectativa da adoção de filhos. Esta adoção é a redenção de todo o corpo, quando, como filho adotivo de Deus, verá face a face aquele divino e eterno Bem. Há a adoção de filhos na Igreja do Senhor, quando o Espírito clama: Abá, Pai, tal como se diz aos Gálatas. Contudo só será perfeita no momento em que todos ressuscitem incorruptos, belos, gloriosos, todos os que merecerem contemplar a face de Deus. Só então a condição humana se sentirá verdadeiramente remida. Por isso rejubila-se o Apóstolo ao dizer: Pela esperança somos salvos. A esperança salva à semelhança da fé, da qual se diz: Tua fé te salvou.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Terça-feira da 5ª semana do Tempo Comum


Segunda leitura 
  Das Homilias sobre o Gênesis, de Orígenes, presbítero 
 
(Hom. 8,6.8.9: PG 12,206-209) 
 
(Séc. III) 
 

O sacrifício de Abraão 
 
Abraão tomou a lenha do sacrifício e colocou-a sobre os ombros de seu filho Isaac. Tomou na mão o fogo e o cutelo, e foram ambos juntos. Ora, Isaac, carregando a lenha para o próprio holocausto, é uma figura de Cristo carregando sua cruz. No entanto levar a lenha para o holocausto é ofício de sacerdote. Torna-se então ele mesmo a vítima e o sacerdote. O que se segue: e foram ambos juntos refere-se a essa realidade, porque Abraão, como sacrificador, leva o fogo e o cutelo; mas Isaac não vai atrás e sim a seu lado, para que se veja que, juntamente com ele, exerce igual sacerdócio.
E depois? Disse Isaac a seu pai Abraão: Pai! Neste momento, uma palavra assim parece uma tentação. Como terá abalado o coração paterno esta palavra do filho que ia ser imolado! Mesmo endurecido pela fé, Abraão responde com voz branda: Que queres, filho? E ele: Vejo o fogo e a lenha, mas onde está a ovelha para o holocausto? Abraão respondeu: Deus providenciará uma ovelha para o holocausto, meu filho.
Impressiona-me a resposta cuidadosa e prudente de Abraão. Não sei o que via em espírito, pois responde olhando para o futuro e não para o presente: Deus mesmo providenciará uma ovelha. Assim fala do futuro ao filho que indaga pelo presente. O Senhor providenciava para si um cordeiro em Cristo.
Abraão estendeu a mão para pegar a faca e imolar o filho. O anjo do Senhor chamou-o do céu, dizendo: Abraão, Abraão. Respondeu ele: Eis-me aqui. Tornou o anjo: Não toques no menino nem lhe faças nenhum mal. Agora sei que temes a Deus. Comparemos estas palavras com as do Apóstolo a respeito de Deus: Ele não poupou seu Filho, mas entregou-o por todos nós. Vede Deus rivalizando com os homens em magnífica generosidade. Abraão, mortal, ofereceu a Deus o filho mortal, que não morreria então. Deus entregou à morte por todos o Filho imortal.
Olhando Abraão para trás, viu um carneiro preso pelos chifres entre os espinhos. Dissemos acima, creio, que Isaac figurava Cristo e, no entanto, também o carneiro parece figurar Cristo. É muito importante ver como ambos se relacionam a Cristo: Isaac que não foi morto e o carneiro que o foi. Cristo é o Verbo de Deus, mas o Verbo se fez carne.
Padece, portanto, Cristo, mas, na carne; morre enquanto homem do qual o carneiro é figura; já dizia João: Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. O Verbo, porém, permanece incorrupto, isto é, Cristo segundo o espírito; a imagem deste é Isaac. Por isto ele é vítima e também pontífice segundo o espírito. Pois aquele que oferece a vítima ao Pai, segundo a carne, este mesmo é oferecido no altar da cruz.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Segunda-feira da 5ª semana do Tempo Comum


Segunda leitura 
  Do Brevilóquio de São Boaventura, bispo 
 
(Prologus: Opera omnia 5,201-202) 
 

(Séc. XIII) 
 


Do conhecimento de Jesus Cristo emana a compreensão de toda a Sagrada Escritura 
 
A fonte da Sagrada Escritura não está na investigação humana, mas na divina revelação que brota do Pai das luzes, de quem toda paternidade no céu e na terra recebe o nome. Desse Pai, por seu Filho Jesus Cristo, vem a nós o Espírito Santo e por este Espírito Santo, que reparte e distribui os dons a quem quer, é-nos dada a fé: pela fé Cristo habita em nossos corações. Ela é o conhecimento de Jesus Cristo, donde se origina a firmeza e a compreensão de toda a Sagrada Escritura.
Por conseguinte, é impossível a alguém propor-se conhecer a Sagrada Escritura antes de receber a fé em Cristo em si, infundida como lâmpada, porta e mesmo fundamento de toda ela. Enquanto estamos peregrinando longe do Senhor, a fé é o fundamento que sustenta, a lâmpada que orienta, a porta que introduz a todas as iluminações espirituais. Além do que nos é necessário medir pela medida da fé até mesmo a sabedoria que nos é dada por Deus, a fim de não saber mais do que convém, mas com sobriedade e cada um conforme a medida da fé a ele concedida por Deus.
Não é um resultado ou um fruto qualquer o benefício da Sagrada Escritura, em que estão as palavras de vida eterna. Ela foi escrita não apenas para que crêssemos, mas para que possuíssemos a vida eterna, onde veremos, amaremos e teremos satisfeitos todos os nossos desejos.
Sendo assim, aprenderemos verdadeiramente a incomparável ciência da caridade e seremos repletos de toda a plenitude de Deus. Nesta plenitude, esforça-se a Sagrada Escritura por introduzir-nos segundo a verdade da citada afirmação apostólica. Com este fim e nesta intenção deve-se perscrutar, ensinar e também ouvir a Sagrada Escritura.
Para alcançarmos esse fruto e meta, avançando pelo reto caminho das Escrituras, cumpre começar do princípio. É necessário que nos aproximemos do Pai das luzes com fé pura, dobrando os joelhos do coração para que, por seu Filho, no Espírito Santo, nos conceda o verdadeiro conhecimento de Jesus Cristo e, com o conhecimento, também o seu amor. Conhecendo-o, então, e amando-o, firmes na fé e arraigados na caridade, poderemos entender a largura, a extensão, a altura e a profundidade da Sagrada Escritura e por esta ciência chegar àquele intensíssimo conhecimento e desmedido amor da Santíssima Trindade. A ela atendem os desejos dos santos e nela se encontra a plenitude de toda a verdade e de todo o bem.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Domingo da 5ª semana do Tempo Comum



Segunda leitura 


Do Comentário sobre a Carta aos Gálatas, de Santo Agostinho, bispo
(Praefatio: PL 35,2105-2107) 
 
(Séc. V) 

Compreendamos a graça de Deus 
 
O Apóstolo escreve aos gálatas com a intenção de fazê-los compreender que a graça de Deus neles atua de tal modo que não mais estão sob a lei. Ao ser proclamada a graça do Evangelho, não faltou quem dentre os judeus, mesmo se dizendo cristão, não tivesse entendido o imenso benefício da graça e teimasse em manter-se sob o jugo da lei que o Senhor Deus impusera não aos servidores da justiça, mas aos servidores do pecado. Esta lei era justa para homens injustos a fim de mostrar-lhes o pecado, mas não para tirá-lo. Nada, com efeito, apaga o pecado a não ser a graça da fé que age pela caridade.
De fato, certos judeus queriam impor aos gálatas, já possuidores da graça, o peso da lei, afirmando de nada lhes aproveitar o Evangelho, a não ser que se deixassem circuncidar e adotassem os outros ritos judaicos puramente carnais.
Por esta razão começaram a suspeitar de Paulo, que lhes havia pregado o Evangelho, julgando-o infiel à doutrina dos outros apóstolos que obrigavam os gentios a viverem como judeus. O apóstolo Pedro cedera ao escândalo de tais homens e deixara-se levar à simulação, como se pensasse, também ele, que aos gentios de nada serviria o Evangelho, se não cumprissem os preceitos onerosos da lei. O apóstolo Paulo afasta-o dessa simulação como conta nesta Carta. Trata-se aqui da mesma questão que na Carta aos Romanos. Contudo nesta última parece haver outra coisa, pois acaba com uma contenda e tranquiliza a situação entre os partidários dos judeus e os gentios que haviam aceitado a fé.
Em nossa Carta, porém, dirige-se àqueles que estavam abalados por causa da autoridade daqueles judeus que os constrangiam aos preceitos da lei. Já haviam começado a dar-lhes crédito, pensando que o apóstolo Paulo não lhes havia pregado toda a verdade por não querer deixá-los circuncidar-se. Por isso começa logo assim: Espanto-me por terdes tão depressa passado daquele que vos chamou à glória de Cristo para um outro evangelho.
Nesta introdução sugeriu em poucas palavras o ponto em questão. Embora na própria saudação, quando diz ser apóstolo, não da parte dos homens nem por homem algum – expressão que não se encontra em nenhuma outra carta – mostre claramente serem esses tais conselheiros não da parte de Deus, mas dos homens; e ser injusto considerá-lo inferior aos outros apóstolos, quanto à autoridade do testemunho evangélico, já que sabia ser apóstolo não da parte de homens nem por um homem, mas por Jesus Cristo e Deus Pai.