Segunda-feira da 26ª semana do Tempo Comum
Segunda leitura
Da Carta aos filipenses, de São Policarpo, bispo e mártir
(Nn. 3,1-5,2: Funk 1,269-273)
(Séc. II)
Revistamo-nos com as armas da justiça
Eu vos
escrevo sobre a justiça, não por pretensão minha, mas por insistência
vossa. Pois nem eu nem outro semelhante a mim pode igualar a sabedoria
do santo e glorioso Paulo. Estando junto de vós, diante dos homens vivos
naquela ocasião, ensinou com perfeição e firmeza a palavra da verdade
e, ausente, vos enviou cartas. Por estas, se as lerdes com atenção,
sereis edificados na fé que vos foi dada. Ela é a mãe de todos nós
(Gl 4,26), seguida pela esperança, precedida pela caridade em Deus, em
Cristo e no próximo. Quem estiver envolvido por elas, cumpre o
mandamento da justiça; pois quem tem a caridade mantém longe de si o
pecado.
A raiz de todos os males é a ânsia de possuir (1Tm 6,10). Certos de que nada trouxemos para este mundo nem dele poderemos levar coisa alguma
(1Tm 6,7), revistamo-nos com as armas da justiça e ensinemos a caminhar
no preceito do Senhor. A nós mesmos em primeiro lugar; depois, a vossas
esposas, para que andem na fé que lhes foi entregue e na caridade e
castidade. Que amem seus maridos com inteira fidelidade e estimem a
todos com recato. Eduquem os filhos na disciplina do temor de Deus (cf.
Ef 5,23s). Às viúvas ensinemos a serem versadas na doutrina do Senhor,
intercedendo sem cessar por todos, afastadas de toda a impostura,
maledicência, falso testemunho, da avareza e de todo mal. Conscientes de
serem altar de Deus e de que ele tudo vê claramente, nada lhe escapa de
apreciações, de pensamentos e dos segredos do coração (cf. 1Tm 5).
Sabendo, portanto, que não se zomba de Deus
(Gl 6,7), devemos caminhar de modo digno conforme a seu preceito
manifesto. Igualmente têm os diáconos de ser irrepreensíveis em face de
sua justiça, como ministros de Deus e do Cristo, não dos homens. Não
sejam maldizentes, falsos, avaros (cf. 1Tm 3,6s), mas sóbrios em tudo,
misericordiosos, dedicados, vivendo de acordo com a verdade do Senhor
que se fez o servo de todos. Se lhe formos agradáveis neste mundo,
seremos recompensados no outro, como nos prometeu: ele ressuscitará dos
mortos a cada um de nós. Se vivermos de modo digno dele, também com ele reinaremos (2Tm 2,12), já que temos fé.
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