terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

SÃO BRÁS, BISPO E MÁRTIR

 São Brás, bispo e mártir

 

 Memória Facultativa



[Brás nasceu na Armênia, era médico, sacerdote e muito benevolente com os pobres e cristãos perseguidos. Foi nomeado bispo de Sebaste (Armênia) no século III. Perseguido pelos romanos, Brás abandonou o bispado e se protegeu na caverna de uma montanha isolada e mesmo assim, depois de descoberto e capturado, morreu em testemunho de sua fé sob as ordens do imperador Licínio, em 316.


São Brás foi um Pastor muito querido pelos fiéis de sua grei. Durante o seu cativeiro, na escuridão do calabouço, obteve de presente de algum de seus amigos um par de velas, com as quais recebia luz e calor. Por isso, aparece na sua representação iconográfica portando duas candelas.]


Segunda leitura

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo 

(Sermo Guelferbytanus 32, De ordinatione episcopi:
PLS, 2,639-640)
(Séc. V)

Sacrifica-te por minhas ovelhas
O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos (Mt 20,28). Eis como o Senhor se fez servo, eis como nos ensinou a servir. Deu a sua vida como resgate em favor de muitos: ele nos remiu.

Quem dentre nós tem condições para redimir alguém? Foi pelo sangue de Cristo que fomos redimidos, foi pela sua morte que fomos resgatados da morte; estávamos caídos, e, pela sua humildade, fomos reerguidos da nossa prostração. Mas devemos também contribuir com nossa pequena parte para ajudar os seus membros, pois nos tornamos membros dele: ele é a cabeça e nós somos o corpo.

Aliás, o apóstolo João nos exorta, em sua carta, a seguirmos o exemplo do Senhor que disse: Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor, pois o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos (Mt 20,27.28). O mencionado apóstolo nos exorta, por isso, a imitar o exemplo do Salvador com estas palavras: Jesus deu a sua vida por nós. Portanto, também nós devemos dar a vida pelos irmãos (1Jo 3,16).

O próprio Senhor, falando depois da ressurreição, perguntou: Pedro, tu me amas? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Por três vezes o Senhor fez a mesma pergunta e por três vezes Pedro deu idêntica resposta. Em todas as três vezes, o Senhor acrescentou: Apascenta as minhas ovelhas (Jo 21,15s).

Como podes mostrar que me amas, a não ser apascentando as minhas ovelhas? O que podes me dar com teu amor, se recebes tudo de mim? Portanto, se tu me amas, eis o que tens de fazer: Apascenta as minhas ovelhas.

Uma vez, duas, três vezes: Tu me amas. Amo. Apascenta as minhas ovelhas. Três vezes o negara por medo. Então o Senhor logo lhe disse: Quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir. Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus (Jo 21,18-19). Anunciou-lhe sua cruz, predisse-lhe sua paixão. Prosseguindo, o Senhor lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas. Sacrifica-te por minhas ovelhas.



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