Da Constituição dogmática Lumen gentium sobre
a Igreja, do Concílio Vaticano II
(N.
48)
(Séc.
XX)
êndole
escatológica da Igreja peregrina
A Igreja, à qual somos todos chamados no
Cristo Jesus e na qual, pela graça de Deus, alcançamos a santidade, só será
consumada na glória celeste, quando chegar o tempo da restauração de todas as
coisas; e quando, com o gênero humano, também o mundo inteiro, que está
intimamente unido ao homem e por ele atinge o seu fim, for perfeitamente
recapitulado no Cristo.
Cristo, ao ser elevado da terra, atraiu a si
todos os homens; ressuscitado dos mortos, enviou aos discípulos seu Espírito
vivificante e por meio dele constituiu seu Corpo, que é a Igreja, como
sacramento universal de salvação. Sentado à direita do Pai, age continuamente
no mundo para conduzir os homens à Igreja e por ela uni-los mais estreitamente
a si e, alimentando-os com seu Corpo e seu Sangue, torná-los participantes de
sua vida gloriosa.
A restauração que nos foi prometida e que
esperamos já começou, pois, em Cristo, prossegue na missão do Espírito Santo e
por meio dele continua na Igreja que, pela fé, também nos ensina o sentido de
nossa vida temporal, enquanto, com a esperança dos bens futuros, vamos
realizando a obra que o Pai nos confiou no mundo e trabalhamos para a nossa
salvação.
Já chegou para nós o fim dos tempos; a
renovação do mundo foi irrevogavelmente decidida e de certo modo é realmente
antecipada neste mundo. De fato, a Igreja possui, já na terra, uma verdadeira
santidade, embora imperfeita.
Contudo, até que venham os novos céus e a
nova terra onde habita a justiça, a Igreja peregrina, em seus sacramentos e
instituições que pertencem a este tempo, traz consigo a figura deste mundo que
passa, e vive entre as criaturas que até agora gemem e sofrem dores de parto,
aguardando a manifestação dos filhos de Deus.
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