sábado, 7 de janeiro de 2023

7 de Janeiro, Antes da Epifania

 

 

Primeira leitura


Do Livro do Profeta Isaías 61,1-11  

 

Segunda leitura


Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo  

 

(Sermo 13 de Tempore: PL 39, 1097-1098)      

(Séc. V)  

 

Deus se fez homem para que o homem se tornasse Deus  

 

Caríssimos irmãos, nosso Senhor Jesus Cristo que desde a eternidade é o Criador de todas as coisas nascendo hoje de sua mãe, tornou-se nosso Salvador. Por sua vontade, nasceu hoje para nós no tempo, a fim de nos conduzir à eternidade do Pai. Deus se fez homem para que o homem se tornasse Deus. Para que o homem comesse o pão dos anjos, o Senhor dos anjos se fez homem.

Hoje se realizou a profecia que diz: Céus, deixai cair orvalho das alturas, e que as nuvens façam chover o justo; abra-se a terra e germine o Salvador (cf. Is 45,8). O Criador tornou-se criatura para encontrar o que estava perdido. Por isso, o homem confessa nos salmos: Antes de ser humilhado, eu pequei (cf. Sl 118,67). O homem pecou e tornou-se culpado; Deus nasceu como homem para libertar o culpado. O homem caiu, mas Deus desceu. O homem caiu miseravelmente, Deus desceu misericordiosamente; o homem caiu por orgulho, Deus desceu com a sua graça.

Que maravilhas, que prodígios, meus irmãos! As leis da natureza são alteradas no homem. Deus nasce, uma virgem concebe e unicamente a palavra de Deus fecunda a que não se uniu a homem algum. É ao mesmo tempo mãe e virgem; mãe que conserva a integridade virginal, virgem que gera um filho; permanece intacta, porém não infecunda. Só nasceu sem pecado aquele que não foi gerado por homem nem pela concupiscência da carne, mas pela obediência do Espírito.

 


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