quarta-feira, 25 de agosto de 2021

SÃO JOSÉ DE CALASANZ, PRESBÍTERO

 Nasceu em Aragão (Espanha) no ano 1557 e recebeu uma excelente formação cultural. Foi ordenado sacerdote e, depois de ter exercido o ministério na sua pátria, partiu para Roma, onde se dedicou à educação das crianças pobres e fundou uma Congregação (Escolas Pias) cujos membros (Escolápios) deviam dedicar-se a esta nobre missão. Teve de sofrer duras provações e foi nomeadamente vítima de invejas e calúnias. Morreu em Roma no ano 1648.

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Segunda leitura

Dos Escritos de São José de Calasanz, presbítero

(Memoriale al Card. M. A. Tonti, 1621: Ephem. Calas. 36,9-10: Romae 1967, pp. 473-474; L. Picanyol, Epistolario di S. Giuseppe Calasanzio, 9 vol., ediz. Calas., Romae 1951-1956, passim)
(Séc. XVII)

Esforcemo-nos por aderir a Cristo e só a ele agradar

Ninguém absolutamente ignora de quanta dignidade e de quantos méritos se reveste o santo ministério de educar as crianças, especialmente pobres, para que, bem instruídas, possam alcançar a vida eterna. Pois ao dar-lhes a instrução e principalmente ao formá-las na piedade e na doutrina cristã, cuida-se ao mesmo tempo da saúde das almas e dos corpos. Assim exerce-se de certo modo o mesmo encargo que seus anjos da guarda.
Além disso, dá-se-lhes a oportunidade de excelente ajuda: não apenas se afastam os adolescentes do mal, mas com maior facilidade e doçura são atraídos e estimulados a fazerem todo bem, seja de que espécie for. Vê-se que, por meio deste auxílio, os jovens mudam para melhor, a ponto de não se distinguirem os que ainda estudam dos já formados. À semelhança de jovens plantas, são os jovens mais facilmente levados para a direção que alguém lhes deseja imprimir; mas se se deixa endurecerem, sabemos que a possibilidade de moldá-los diminui muito ou mesmo se perde totalmente.
Dar uma educação adequada aos meninos, sobretudo aos pobres, concorre para aumentar-lhes a dignidade humana. É também alguma coisa que todos aprovam na sociedade humana: sejam os pais, os primeiros a se alegrarem ao verem os filhos bem encaminhados, sejam os governantes, que adquirem bons servidores e cidadãos, e, de modo todo especial, a Igreja que, nos múltiplos estados de vida, os vê entrar mais maduros e preparados, como dedicados a Cristo e testemunhas do Evangelho.
Na verdade, é preciso terem muita caridade, a máxima paciência, e, sobretudo, profunda humildade aqueles que assumem este ofício que exige cuidado contínuo. Serão assim dignos de que o Senhor, invocado humildemente, os torne idôneos cooperadores da verdade, conforte-os no cumprimento da nobre missão e os enriqueça com o dom celeste, conforme foi dito: Aqueles que instruem a muitos na justiça, serão como estrelas na perpétua eternidade (Dn 12,3).
Vocês realizarão tudo isto mais facilmente se, pelo voto de perpétua servidão, procurarem aderir a Cristo e só agradar àquele que disse: O que fizestes a um dos meus pequeninos, a mim o fizestes (Mt 25,40).

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