terça-feira, 1 de setembro de 2020

Terça-feira da 22ª semana do Tempo Comum

Segunda leitura
Do Livro da Imitação de Cristo

(Lib. 3,14)

(Séc. XV)

A verdade do Senhor permanece para sempre
Trovejas sobre mim, Senhor, teus juízos; sacodes com temor e tremor meus ossos todos e minha alma se apavora. Paro atônito e considero que até os céus não são puros diante de teus olhos (cf. Jó 15,15; 4,18). Se nos anjos encontraste maldade e não os poupaste, que será de mim? Caíram as estrelas do céu (cf. Ap 6,13), e eu, pó, a que me atrevo? Aqueles, cujas obras pareciam excelentes, tombaram profundamente, e os que comiam o pão dos anjos passaram a se deleitar com as vagens dos porcos. Não há santidade, Senhor, se retiras tua mão; nenhuma sabedoria será proveitosa, se desistires da tua orientação; força alguma conta, sem a tua conservação. Pois abandonados, afundamos e perecemos; mas visitados, nos erguemos e vivemos. Somos instáveis, por ti nos firmamos. Tíbios, por ti nos afervoramos. Foi absorvida toda vanglória na profundeza de teus juízos sobre mim. Que é a carne diante de ti? Acaso se gloriará o barro contra quem o plasma? (cf. Is 29,16). Como poderá erguer-se com jactância o coração daquele que é submisso a Deus de verdade? O mundo inteiro não consegue ensoberbecer aquele que a verdade conseguiu submeter; nem os lábios elogiosos de todos poderão abalar quem toda sua esperança pôde em Deus firmar. Pois aqueles que falam, nada dizem; passarão com o som das palavras; porém a verdade do Senhor permanece para sempre (Sl 116,2).

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